A sociedade é dividida em dois grupos, as pessoas comuns que
levam sua vida da maneira como podem e aquelas que possuem algum dom, chamadas
de anômalos. Os anômalos sempre usam algo com a cor amarela para distingui-los dos
humanos comuns além de terem suas próprias cidades, isso mesmo, eles possuem
cidades, espaços em trens e outras coisas apenas para eles, é uma forma de
separa-los dos demais pois são vistos pela maioria como aberrações onde só
servem para serem usados como armas em guerras.
Mas como saber quem possui algum tipo de dom? O governo não tem uma
forma especifica para descobrir quem é anômalo e quem não é, ocorre meio que
por um acaso.
A história gira em torno da jovem Sybil Varuna que em quanto
é levada em um navio para uma cidade, onde seria uma refugiada, ele acaba
naufragando e ela é a única que consegue sobreviver mesmo estando em baixo
d’água. Dessa forma acaba-se descobrindo que ela possui uma anomalia e assim é
enviada para uma cidade destinada a pessoas como ela.
Pandora é uma linda cidade e o novo lar de Sybil que fora
adotada por uma família de anômalos (anômalos vivem apenas com anômalos). No
primeiro momento tudo parece perfeito, uma família única e carinhosa, uma
escola bem legal e bons amigos. Mas essa visão de estar em uma cidade perfeita
começa a mudar quando ela e um grupo de amigos são designados para encararem
uma perigosa missão para o governo e agora eles estão com suas vidas em risco e
ainda jovens terão que aprender a lidar com segredos, acordos arriscados e
perdas.
Em uma aventura eletrizante embarcamos em uma jornada
imposta aos jovens amigos em uma sociedade preconceituosa onde buscar a “curar” para quem
possui algum dom, visto como anomalia, tem sido uma prioridade.
Meu Deus, que livro é esse? Tenho que admitir que não esperava por uma história tão
envolvente. Quando li a sinopse imaginei ser mais um livro “apenas
bom” mas estava muito enganado. No começo da leitura já fiquei maravilhado pois
a escrita é de uma forma bem simples e até descontraída, digamos assim, algo
que me agrada muito e facilita a leitura e seu entendimento. Mas as surpresas
não pararam por ai, a própria história me agradou de uma maneira inimaginável, um
fato sobre mim é que amo tudo que foge do real e dons/poderes me fascina e isso
foi algo que me cativou na trama, todas aquelas pessoas com poderes me deixou
maravilhado e o mais legal é que na trama encontramos o preconceito pelo
simples fato deles terem dons, algo que retrata bem a nossa realidade pois se
você tem algo de diferente ou pensa de uma forma diferente acaba sendo mal
visto e julgado pela sociedade.
Apenas uma coisa me chocou, o livro é nacional. Li na
aba/orelha do livro que a escritora é brasileira e fiquei impressionado. Quando
estava lendo o livro em momento algum passou pela minha cabeça que ele fosse
nacional mesmo tendo visto tal informação antes de iniciar a leitura, a obra
parece estrangeira, é algo muito bem escrito e muito criativo e o melhor, a
trama não tem enrolação. Não é desmerecendo o autor brasileiro, mas fiquei muito
surpreso pois a qualidade da história nos leva a crer que fora escrito por um
autor estrangeiro. O livro me surpreendeu bastante, estou louco para ler o
segundo volume, pois esse é o primeiro de uma trilogia, e já adianto que as minhas expectativas para “A
Ameaça Invisível” são bem maiores e isso é algo inédito pois não crio
expectativas quando se fala de obras nacionais e muitos menos fico ávido por
uma leitura de algo de nosso país.
Título: A Ilha dos Dissidentes Ano de lançamento: 2013 Editora: Gutenberg 304 páginas Autor: Bárbara Morais |
Parte de trás do livro |
Lombada |
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