terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dia do Acampamento - Mary Diniz - Cantinho do Autor

Olá me chamo Alexander. Há uma história que corre a gerações nas famílias aqui da minha cidade. Moro no condado de Quiua e aqui existe uma floresta onde ocorrem muitos fatos, alguns eu acho que são até inventados, mas outros eu posso provar ser verdade. Por que é sobre um deles que irei falar agora e eu simplesmente estava lá.
Escrevi uma mensagem de texto para Melanie marcando nossa fugidinha para Forest Adventure onde faríamos um pequeno acampamento e eu iria aproveitar para dar uns amassos nela. Ela me devolveu a mensagem com um “COM CERTEZA” bem grande. Eu já estava cheio de expectativas antes mesmo de chagar lá.
Escolhi a terça-feira como o dia ideal até por que dia de final de semana sempre tem muita gente e na semana não há ninguém. Terminei de arrumar as coisas e resolvi ir busca-la já não estava aguentando de tão excitado que estava. Parei a um quarteirão da rua da casa dela e mandei uma mensagem informando que já há esperava, como seus pais acham que ela irá ficar na casa de uma amiga não tinha como eu aparecer.
— Olá amor!  disse-me dando um selinho.
 Oi pensei que não viria mais. Demorou!  falei um pouco insatisfeito.
— Desculpe-me. E que meus pais ficaram-me fazendo prometer um monte de baboseiras que eu não iria fazer sem eles por perto.  disse dando um sorriso delicioso.
 Certo. Então vamos para nosso acampamento e curtir um pouquinho.
Seguimos rumo ao Forest Adventure, praticamente não tinha iluminação e como queríamos ficar um pouco mais escondidos caso alguém aparecesse para não nos ver. Terminamos de montar a barraca e ai eu entrei em ação. Comecei puxando-a para se deitar na barraca, cheirei seu pescoço e tirei sua blusa e ela começou a gemer quando ouvimos um estralo no mato. Não acendemos a luz para não deixar a vista de quem passasse. Eu resolvi deixa-la na barraca e fui dar uma olhada.
— Tem alguém ai?  - somente o vento respondeu.
Voltei para junto de Melanie para tentar terminar o que havia começado quando começam a jogar pedrinhas na barraca. Meu irritei e acendi uma lanterna. Para cada lado que eu olhava vinha uma pedra na direção oposta.
 Quem é você? Já está me irritando. Quando eu te achar você vai está ferrado.
De repente parou e tudo se tornou o silêncio.
Quando retornei a barraca a Melanie já estava vestida e pedindo para ir embora, mas como já havia parado eu não queria que nossa noite acabasse ali e daquele jeito. Então a convenci de fica. De repente a barraca começa a balançar como se houvesse varias pessoas ao mesmo tempo empurrando de um lado para o outro. A barraca caiu e Melanie saiu correndo para dentro da floresta. Tentei alcança-la mais já era tarde e como tudo estava um breu voltei para a barraca e peguei a lanterna.
Ouvi uns gritos ao longe, mas não podia ser a Melanie. Andei um pouco mais e parecia que o vento falava comigo. Comecei a escutar ao longe gritarem meu nome e depois mais perto e mais perto quando ouço um grito e eu sabia que era a Melissa. Sai correndo em direção ao som. Ela choramingava isso eu tive certeza, mas havia mais sons e eu não conseguia identificar seja lá o que fosse.
Tentei me aproximar o mais rápido e cauteloso que podia. Quando eu vi uma pequena fogueira e lá estava ela amarrada em um pequeno troco e vi umas criaturas que são da altura do meu joelho, marrons e com olhos grandes se movimentando rapidamente quando um se aproximou dela e enfiou a mão em seu estomago ao puxa-la trouxe consigo suas vísceras e ela só o que fez foi suspirar. Eu coloquei a mão na boca tentando conter o grito e quando mexi meu pé um galho estralou e todos viraram em minha direção.
Eu sai correndo como se não tivesse amanhã, cheguei a cair e torcer meu pé, mas os passos se aproximavam mais e o som dos galhos se balançando com fervor estavam mais altos. Enxerguei uma luz ao longe e vi uma pequena casa e em frente uma estrada, sai correndo o pouco que pude e vi ao longe que um carro estava chegando. Rezei o máximo que conseguia para que viesse mais rápido, por que o som desacelerou, mas não tinha parado e quando eu pensei que eles iriam me pegar o carro já havia chegado.
— O que você faz aqui uma hora dessas?  o senhor da caminhonete me perguntou.
— Senhor, por favor, me leve à cidade o mais rápido possível. Eu torci meu pé e tem umas criaturas atrás de mim.  disse praticamente gritando.
O senhor me olhou descrente. Quando ele ia pegando uma arma que estava perto do seu pé, uma das criaturas pulou na capota e nessa hora o home pisou fundo no acelerador. A criatura continuava pendurada e se aproximando cada vez mais da cabine.
— Senhor freie para que esse animal caia do seu carro.  disse apreensivo
— Frear você está maluco? Quanto mais rápido chegarmos melhor.  disse gritando
Quando o inevitável aconteceu. A criatura se aproximando pela lateral do motorista e o puxou enfiando suas unhas até o musculo interno do seu pescoço. Ela me encarou como se dissesse: você é o próximo. E saiu puxando o motorista pelo asfalto. Com o carro em alta velocidade eu peguei a direção e fui rumo à cidade. Como meu pé estava pisando em falso por ter torcido não consegui desacelerar e bati no chafariz da praça. Logo a população começou a aparecer e perguntar o que havia acontecido. Tentei explicar de todas as maneiras possíveis, mas ninguém acreditou. Prenderam-me e me acusaram de assassinato.
Hoje estou aqui livre, não literalmente, mas estou. Não me condenaram a morte por alegar insanidade mental. Estou há 40 anos no hospício sempre contando a mesma história e ninguém acredita, depois do meu caso aconteceram vários, mas o que eu posso fazer criaturas da escuridão rondam por ai e as pessoas simplesmente não sabem o que são e o que faram.
Eu só sei que a noite elas ainda me procuram...

   
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